terça-feira, 19 de abril de 2011

Óleo de dendê e Fitinhas do Senhor do Bonfim

Olá gente boa, eu sei que eu prometi no próximo post  (no caso, este) falar sobre Orixás, mas confesso que não entendo muito do assunto e preciso estudar um pouco sobre isso pra não falar asneiras.
Então resolvi pedi ajuda aos meu amigos sobre alguns assuntos interessantes de serem comentados, e obtive algumas boas sugestões.
Primeiramente vamos falar sobre o óleo de dendê, no post passado eu coloquei a receita do acarajé, e o óleo de dendê e essencial para a fritura do bolinho maravilhoso.
Mas para você que não sabe o que é e nem como ele é extraído, tai um bom momento  pra descobrir.
O óleo de dendê ou azeite de dendê É produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como Dendezeiro (Elaeis guineensis).

O óleo originário desta palmeira, consumido há mais de 5000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XVI, coincidindo com o início dos tráficos de escravos entre a África e o Brasil.
No contexto atual, o azeite de dendê é o segundo óleo mais produzido e consumido no mundo, representando  18,49% da produção e 20,40% do consumo mundial
Na sua Notícia da Bahia (1759), José Antonio Caldas informava que os navios negreiros, na ocasião freqüentavam a Costa da Mina para negociar "azeite de palmas" além de escravos. Se isto não prova a inexistência da palmeira no país, pelo menos indica que a produção de azeite, ou não fazia ainda ou era íntima em relação às necessidades brasileiras.

O dendê é muito usado na culinária baiana, para fritar o acarajé, no vatapá, caruru, e outras iguarias. O óleo é avermelhado devido a grande quantidade de vitamina A, no entanto, o aquecimento do óleo para frituras acaba destruindo a vitamina A e deixando o óleo branco.

 Olha, o baianizando  também é cultura hem? Ou melhor é pura cultura.
Mudando de pau pra cacete, irei falar agora sobre uma cosia que todo mundo tem, já teve ou ainda vai ter (não estou falando de chifre minha gente) estou falando de fitinhas do Senhor do Bonfim, aquelas fitinhas coloridinhas que os gringos pagam fortunas para possuí-las.

Agora vocês sabiam que cada cor simboliza um Orixá? Ou melhor, você sabe o por que das fitinhas, dos três pedidos e  tudo mais?
Ok  ok, não criemos pânico, estou aqui para ajudar vocês.
A fita original foi criada em 1809, tendo desaparecido no início da década de 1950. Conhecida como medida do Bonfim, o (por que  media exatos 47cm), a medida do braço direito da estátua  de Jesus Cristo, Senhor do Bonfim, postada no altar-mor da igreja mais famosa da Bahia. (igreja do Bonfim) A "fita" era confeccionada em seda, com o desenho e o nome do santo bordados à mão e o acabamento feito em tinta dourada ou prateada. Era usada no pescoço como um colar, aí l se penduravam medalhas e santinhos, funcionando como uma moeda de troca: (ao pagar uma promessa, o fiel carregava uma foto ou uma pequena escultura de cera representando a parte do corpo curada com o auxílio do santo (ex-voto). Como lembrança, adquiria uma dessas fitas, simbolizando a própria igreja.


Não se sabe quando a transição para a atual fita, de pulso, ocorreu, sendo fato que em meados da década de 1960 a nova fita já era comercializada nas ruas de Salvador, quando foi adotada pelos hippies baianos como parte de sua indumentária.
Quando as cores, Verde escuro para Oxossi, azul claro para Iemanjá, Amarelo para Oxum… Mas  seja qual for a cor, a fita possui uma representação simbólica, estética e espiritual típicas das raízes africanas da  nossa querida Bahia. E em relação aos três pedidos, na tradição popular, a fita do Senhor do Bonfim é enrolada no punho e fixada com três nós. A cada nó precede um pedido, realizado mentalmente, e que deve ser mantido em segredo até a fita se romper por desgaste natural.




quarta-feira, 13 de abril de 2011

1kg de feijão fradinho quebrado, 300g de cebola, 1 colher de chá de gengibre ralado, 1 dente de alho, 1 colher de sobremesa de sal , 1L de dendê para fritar. Esses são os ingredientes para o preparo do acarajé.


 Você já comeu  acarajé? Mas tem que ser daqueles com muita pimenta, entupido de camarão e que só o cheiro te deixa com muita água na boca...huuummm preciso me recompor, (um balde por favor, estou com muita água na boca.)
Pois é meu povo, o acarajé é um dos mais, se não o mais típico dos pratos da culinária baiana, Ele é aquela coisa que todo baiano(ou pelo menos os mais arretados) já comeu, adora comer e olha com cara feia para quem disser que não gosta.
ÔOOO bixo gostoooso viu?!

O acarajé na África é chamado de Akàrà que significa bola de fogo, enquanto  possui o significado de comer. No Brasil as duas palavras foram unidas. ACARAJÉ.(bola de fogo para comer).
Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho maravilhoso, se tornou oferenda à esses orixás.

Mesmo ao ser vendido nun contexto profano, o acarajé ainda é considerado pelas baiana, como uma comida “sagrada”.

Obs: O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto o acarajé é frito.


 Vai um acarajé aí? Mas tem que ser com pimenta., Proximo post, prometo alguma coisa sobre os Orixás. 
Um Xeiro e muito Axé!
\o/




sexta-feira, 1 de abril de 2011

Olá queridos (ainda desconhecidos) leitores, bem vindos ao “baianizando o mundo” um pedaço da Bahia perto de você.
A intenção deste blog, é mostrar a quem estiver  disposto, o que que a Bahia tem. O quão vasta, rica e bonita é a cultura baiana, seus costumes e peculiaridades.
Para entendermos tudo isso, é necessário voltarmos um pouco na história (mas não precisa apertar o xizinho vermelho ali em cima não, viu bixinho) é bem rápido e eu garanto que essa viagem vai ser legal.
Tudo começou lá em 1500, quando o Brasil foi “descoberto” pelos portugueses,  eles chegaram ao litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro, mais precisamente no distrito de Coroa Vermelha.
 A região do que viria a ser o estado da Bahia, começou a ser povoada na primeira metade do século XVI. Através da exploração do território, se descobriu a existência do pau-brasil, essa matéria-prima passou a ser largamente explorada, atraindo desde comerciantes portugueses a contrabandistas europeus, em especial, os franceses. Várias outras explorações ocorreram, a partir daí, chegando lentamente portugueses com interesses nas novas terras.
Gradualmente, o território baiano atual foi colonizado, povoado e conquistado por expedições denominadas de Entradas, as quais partiam de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro em direção ao interior do estado. As entradas eram feitas do mesmo jeito das bandeiras de São Paulo, mas não tiveram tanto reconhecimento e valorização como as bandeiras.
Como todos sabem ou pelo menos espera-se que saibam, A declaração de independência brasileira, foi feita por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822. Na Bahia, o fim do domínio lusitano só  se fez presente no ano de 1823. (o lugar era tão bom que os portugueses cantarolavam: “daqui não saiu, daqui ninguém me tira, daqui não saiu, daqui ninguém me tira)(risos!)
 Agora algumas informações adicionais:
 A Bahia  é o sétimo estado mais rico do país. Está situada ao sul da região Nordeste e é o maior estado da região, fazendo limites com 8 outros estados federados brasileiros, a capital estadual é Salvador. Além dela, há outras cidades influentes como as capitais regionais Feira de Santana, Vitória da Conquista,  Ilhéus, Itabuna, Barreiras e a conurbação entre Juazeiro e Petrolina,( esta última é um município pernambucano).
Por conta da produção açucareira, o estado recebeu grande contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para seus engenhos e fazendas. Assim a influência da cultura africana na Bahia permanece em destaque, na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas principalmente em toda a longa e bela costa baiana.
O estado é conhecido  como a "A terra da felicidade", isso por causa de sua população alegre e festiva, fatos que contribuem para o seu alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural.
Nos próximos posts, falarei  mais sobre a cultura, e algumas gírias tipicamente baianas. 





Agora, uma salva de palmas para a wikpédia, que nos ajudou muito hoje!
Um xeiro e muito axé pra todos nós!


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