Olá gente boa, eu sei que eu prometi no próximo post (no caso, este) falar sobre Orixás, mas confesso que não entendo muito do assunto e preciso estudar um pouco sobre isso pra não falar asneiras.
Então resolvi pedi ajuda aos meu amigos sobre alguns assuntos interessantes de serem comentados, e obtive algumas boas sugestões.
Primeiramente vamos falar sobre o óleo de dendê, no post passado eu coloquei a receita do acarajé, e o óleo de dendê e essencial para a fritura do bolinho maravilhoso.
Mas para você que não sabe o que é e nem como ele é extraído, tai um bom momento pra descobrir.
O óleo de dendê ou azeite de dendê É produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como Dendezeiro (Elaeis guineensis).
O óleo originário desta palmeira, consumido há mais de 5000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XVI, coincidindo com o início dos tráficos de escravos entre a África e o Brasil.
No contexto atual, o azeite de dendê é o segundo óleo mais produzido e consumido no mundo, representando 18,49% da produção e 20,40% do consumo mundial
Na sua Notícia da Bahia (1759), José Antonio Caldas informava que os navios negreiros, na ocasião freqüentavam a Costa da Mina para negociar "azeite de palmas" além de escravos. Se isto não prova a inexistência da palmeira no país, pelo menos indica que a produção de azeite, ou não fazia ainda ou era íntima em relação às necessidades brasileiras.
O dendê é muito usado na culinária baiana, para fritar o acarajé, no vatapá, caruru, e outras iguarias. O óleo é avermelhado devido a grande quantidade de vitamina A, no entanto, o aquecimento do óleo para frituras acaba destruindo a vitamina A e deixando o óleo branco.
Olha, o baianizando também é cultura hem? Ou melhor é pura cultura.
Mudando de pau pra cacete, irei falar agora sobre uma cosia que todo mundo tem, já teve ou ainda vai ter (não estou falando de chifre minha gente) estou falando de fitinhas do Senhor do Bonfim, aquelas fitinhas coloridinhas que os gringos pagam fortunas para possuí-las.
Agora vocês sabiam que cada cor simboliza um Orixá? Ou melhor, você sabe o por que das fitinhas, dos três pedidos e tudo mais?
Ok ok, não criemos pânico, estou aqui para ajudar vocês.
A fita original foi criada em 1809, tendo desaparecido no início da década de 1950. Conhecida como medida do Bonfim, o (por que media exatos 47cm), a medida do braço direito da estátua de Jesus Cristo, Senhor do Bonfim, postada no altar-mor da igreja mais famosa da Bahia. (igreja do Bonfim) A "fita" era confeccionada em seda, com o desenho e o nome do santo bordados à mão e o acabamento feito em tinta dourada ou prateada. Era usada no pescoço como um colar, aí l se penduravam medalhas e santinhos, funcionando como uma moeda de troca: (ao pagar uma promessa, o fiel carregava uma foto ou uma pequena escultura de cera representando a parte do corpo curada com o auxílio do santo (ex-voto). Como lembrança, adquiria uma dessas fitas, simbolizando a própria igreja.
Não se sabe quando a transição para a atual fita, de pulso, ocorreu, sendo fato que em meados da década de 1960 a nova fita já era comercializada nas ruas de Salvador, quando foi adotada pelos hippies baianos como parte de sua indumentária.
Quando as cores, Verde escuro para Oxossi, azul claro para Iemanjá, Amarelo para Oxum… Mas seja qual for a cor, a fita possui uma representação simbólica, estética e espiritual típicas das raízes africanas da nossa querida Bahia. E em relação aos três pedidos, na tradição popular, a fita do Senhor do Bonfim é enrolada no punho e fixada com três nós. A cada nó precede um pedido, realizado mentalmente, e que deve ser mantido em segredo até a fita se romper por desgaste natural.